sexta-feira, 23 de julho de 2010

Greenpeace lança no Japão uma lista de espécies de peixes consumidos no país que estão ameaçados de extinção, como o atum azul.


O Greenpeace do Japão divulgou hoje uma lista vermelha de 15 espécies de peixes em perigo de extinção consumidos hoje no país. Entre as espécies ameaçadas, estão cinco diferentes espécies de atum.

Os japoneses são responsáveis por 25% do atum consumido no mundo, incluindo o ameaçado atum azul. Com um número tão relevante, o Greenpeace pretende com a lista chamar a atenção da população japonesa de restaurantes e de varejistas para evitar as espécies presentes na lista vermelha.

País com o maior consumo per capita de frutos do mar no mundo, o Japão abrigará este ano a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), quando líderes determinarão a ampliação de áreas oceânicas onde serão proibidas a pesca e as atividades industriais com o objetivo de ajudar os oceanos a restaurarem seus estoques marinhos. É uma oportunidade de o governo japonês se posicionar a favor das espécies ameaçadas.

"A temporada de pesca do atum azul, que começa este mês, é somente um exemplo de como as indústrias pesqueiras e os governos estão tornando nossos oceanos vulneráveis”, disse Wakao Hanaoka, responsável pela campanha de oceanos no Greenpeace Japão.

Para ele, a falta de controle no processo levou a pesca de atum azul à beira do colapso em todos os oceanos do mundo. "Esse cenário se repetirá com outras espécies de atum caso ações urgentes para defender nossos mares e proteger espécies não sejam tomadas imediatamente. Está na mão dos supermercados, fornecedores de restaurantes e consumidores tomar as atitudes que os políticos não tomaram. Apenas depois disso as gerações futuras poderão ter oceanos saudáveis”, afirma.

No topo da lista de peixes ameaçados produzida pelo Greenpeace Japão, o atum azul é pescado por meio de destrutivas embarcações de arrasto no mar do Japão e em outras partes do mundo, como no Mediterrâneo. Sua carne é muito valorizada e tem levado à pesca predatória da espécie. Por vários anos, 90% de todo o atum azul pescado era de indivíduos com menos de um ano de idade, o que levou a espécie à beira do colapso.

Este ano o Greenpeace entrou em ação no Mediterrâneo para pedir o fim da pesca do atum azul no Atlântico com o objetivo de permitir que a espécie se recupere e futuramente sua pesca seja retomada. "É hora de estabelecer uma rede global de reservas marinhas, incluindo áreas de proteção das espécies de atum no mundo. Como anfitrião da CDB, o Japão tem a oportunidade de demonstrar liderança na proteção dos oceanos”, diz Hanaoka.

As áreas prioritárias consideradas pelo Greenpeace incluem zonas de desova do atum azul no mar do Japão, o mar Mediterrâneo e áreas do oceano Pacífico.

Retirado do site: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Atum-azul-no-vermelho/?sms_ss=twitter

Nenhum comentário:

Postar um comentário